O Democratas
fez valer o que tem como um dos seus princípios: não tolerar a corrupção e a
improbidade. A postura do partido confirma a sua bandeira de não conviver com
comportamento aético. Os democratas podem bater no peito, mais uma vez, e dizer
que não convivem com a corrupção. Fato reconhecido pela imprensa como foi
noticiado pelo Editorial do jornal O Estado de São Paulo edição de hoje:
"De
qualquer modo, a atitude dos democratas é exemplar, principalmente se comparada à de outros partidos,
entre eles muitos dos que se aconchegam na base aliada, PT e PMDB à frente.
Para esses, que com o paradigma preferem os líderes que passam a mão na cabeça
de seus "aloprados", parece prevalecer o princípio de que ética é uma
coisa muito simples: basta não ser pego com a boca na botija."
E,
portanto, por conta de uma série de denúncias de envolvimento com o empresário
de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, fato amplamente
divulgado pela mídia, o senador Demóstenes Torres (GO) é acusado pelo
Ministério Público por corrupção passiva, prevaricação e advocacia
administrativa. Na tarde desta terça-feira, 3, o senador anunciou a sua saída
do Democratas. O parlamentar goiano entregou a carta de desfiliação ao
presidente nacional do partido, José Agripino (RN).
"O
partido tem uma história clara de não conviver com a aética. A situação do
senador Demóstenes é ruim. Iniciamos a abertura de um processo, demos o prazo
para ele se defender, mas hoje recebemos sua carta de desligamento do
partido", anunciou o presidente Agripino, que também é líder da legenda no
Senado. A abertura do processo contra Demóstenes Torres foi iniciada na noite
dessa segunda-feira (2).
O líder
do Democratas na Câmara, ACM Neto (BA), acredita que, caso Demóstenes Torres
não tivesse pedido sua desfiliação, as chances de ele ser expulso do partido
eram significativas. "A gente não passa a mão na cabeça de quem quer que
seja. Certamente o senador seria expulso. O partido sai desse episódio mais
fortalecido e, sem dúvida, cortamos na própria carne. Demos tempo para ele
apresentar sua defesa, mas ele preferiu o desligamento".
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